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Resenha de um sábio Rei - Parte IV

Eclesiastes capítulo IV

As injustiças e os absurdos da vida

'De novo olhei e vi toda a opressão que ocorre debaixo do sol: Vi as lágrimas dos oprimidos, mas não há quem os console; o poder está do lado dos seus opressores, e não há quem os console. Por isso considerei os mortos mais felizes do que os vivos, pois estes ainda têm que viver! No entanto, melhor do que ambos é aquele que ainda não nasceu, que não viu o mal que se faz debaixo do sol. Descobri que todo trabalho e toda realização surgem da competição que existe entre as pessoas. Mas isso também é absurdo, é correr atrás do vento. O tolo cruza os braços e destrói a própria vida. Melhor é ter um punhado com tranquilidade do que dois punhados à custa de muito esforço e de correr atrás do vento. Descobri ainda outra situação absurda debaixo do sol: Havia um homem totalmente solitário; não tinha filho nem irmão. Trabalhava sem parar! Contudo, os seus olhos não se satisfaziam com a sua riqueza. Ele sequer perguntava: “Para quem estou trabalhando tanto, e por que razão deixo de me divertir?” Isso também é absurdo; é um trabalho por demais ingrato! É melhor ter companhia do que estar sozinho, porque maior é a recompensa do trabalho de duas pessoas. Se um cair, o amigo pode ajudá-lo a levantar-se. Mas pobre do homem que cai e não tem quem o ajude a levantar-se! E, se dois dormirem juntos, vão manter-se aquecidos. Como, porém, manter-se aquecido sozinho? Um homem sozinho pode ser vencido, mas dois conseguem defender-se. Um cordão de três dobras não se rompe com facilidade. Melhor é um jovem pobre e sábio, do que um rei idoso e tolo, que já não aceita repreensão. O jovem pode ter saído da prisão e chegado ao trono, ou pode ter nascido pobre no país daquele rei. Percebi que, ainda assim, o povo que vivia debaixo do sol seguia o jovem, o sucessor do rei. O número dos que aderiram a ele era incontável. A geração seguinte, porém, não ficou satisfeita com o sucessor. Isso também não faz sentido, é correr atrás do vento.'



Qual sentido das riquezas?


O Rei Salomão expõe sua crise, em busca do sentido de sua existência, não só da sua, mas da humanidade em geral, o Rei mais rico, sábio, inteligente e poderoso de todo mundo questiona qual sentido da riqueza, ele busca preencher a si mesmo, com suas riquezas. Salomão reflete perplexo com o confronto de que toda riqueza e poder não são suficientes para preencher sua vida com sentido e significado.

Ele sabe que Deus existe, e ele reconhece o seu poder, e sua soberania, mas em sua vida na pratica não há satisfação e felicidade em Deus, porque aqui, o antigo testamento apontava para jesus, então o relacionamento com Deus diretamente não era possível, pois somente no santo lugar, depois de um pesado véu é que habitava a presença de Deus.

Então o Rei Salomão vai em uma jornada pela busca de significado, até o momento refletimos sobre o significado da vida, o significado dos prazeres, o significado do tempo.


E hoje refletimos qual significados das riquezas?


Porque há tanto injustiça? Pobres que continham sendo pobres!

Há uma frustração, proveniente do pecado. Aqui observamos que, o Rei Salomão não tem perspectiva de vida eterna, é como se para ele tudo acabasse aqui. Em sua Crise, ele perde uma perspectiva maior.

Salomão desabafa sua busca, ele vai chegando algumas conclusões, e ponderando outras, ele fala que considera que mais feliz é quem não está vivo, pois quem não está vivo está livre das crises da vida, depois chega à conclusão que a solidão é um problema e que os relacionamentos preenchem, porém mais vezes, ele conclui como um absurdo, murmurando que é um trabalho demais ingrato. O Rei aqui pondera que a sabedoria é mais valiosa que todo o poder e dinheiro, mas ainda assim ele não encontra uma resposta para seu dilema e conclui que a vida seja de um rico ou de um pobre seja de um rei ou de seu sucessor é como correr atrás do vento.


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